O Corpo de Bombeiros de Erechim, na Região Norte do Rio Grande do Sul, registrou um aumento de 27%, do ano passado para esse, no número de ocorrências de incêndio em vegetação. Foram 57 casos de janeiro a julho deste ano. Na maioria dos episódios, o fogo teria começado de forma intencional.
A prática é, normalmente, destinada à limpeza de uma área que será usada para plantio no campo, mas deve ser controlada e só pode ser feita com autorização da Polícia Ambiental ou do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), caso contrário, passa a ser considerada crime ambiental. A pena pode chegar a quatro anos de prisão.
Os bombeiros alertam para os riscos que a queimada pode trazer quando não supervisionada. "O pessoal, às vezes, coloca fogo na vegetação e não tem cuidado, não mantém sob vigilância esse fogo, e acaba fugindo do controle deles", comenta o soldado Corpo de Bombeiros Edevandro Munis Nequer sobre a chance de evoluir para um incêndio.
Além disso, equipes do quartel precisam ser deslocadas para atender estes chamados, deixando outras ocorrências desassistidas. Outro prejuízo está relacionado à energia elétrica.
Se o fogo atingir a rede, pode danificar postes e interromper o fornecimento de energia. Somente na área de concessão de uma das distribuidoras do estado, a Rio Grande Energia (RGE), foram 90 interrupções de abastecimento no primeiro semestre de 2016.
Erechim foi a cidade mais afetada, com dez cortes. Caxias do Sul e Gravataí tiveram, cada uma, sete interrupções em seis meses.
"Se nesse momento ela não interromper, ela causa a fadiga desses componentes. Então, a vida útil dos cabos, dos isoladores, da própria estrutura em si, ela fica comprometida por causa da queimada irregular", explica o consultor de negócios da RGE Cláudio Mânica.
Fonte: G1 RS/ Rádio Nativa FM/ MFB