A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento (Seapdr) apresentou, nesta terça-feira, 21, ações que deverão ser tomadas para que o Rio Grande do Sul possa evoluir o status sanitário para zona livre de aftosa sem vacinação. As medidas seguem 18 recomendações apresentadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no relatório da auditoria realizada em setembro do ano passado.
No início de fevereiro, representantes do ministério e da secretaria devem se reunir para avaliar as medidas adotadas e decidir se o processo de evolução do status sanitário continuará, com a possibilidade de a etapa da vacinação de maio ser suspensa.
Entre as recomendações do ministério, está a reorganização do quadro de pessoal para que os fiscais agropecuários sejam retirados de atividades administrativas e se dediquem integralmente à fiscalização. “Para que isso ocorra, estamos com um processo para contratação, por licitação, de 150 postos de trabalho em serviços de logística administrativa”, detalhou o secretário em exercício, Luiz Fernando Rodriguez. Outro apontamento se refere à atualização da frota de veículos da Seapdr, que solicitará a aquisição de carros utilitários com manutenção garantida.
As demais recomendações incluem modernização e ajuste do Sistema de Defesa Agropecuária da secretaria, padronização no cumprimento da legislação, incremento da fiscalização volante, elaboração de estratégia para funcionamento dos postos fiscais, incremento na fiscalização de eventos com aglomeração de animais, cumprimento de metas dos programas de sanidade animal, atividades de educação em saúde animal e maior participação do serviço veterinário oficial nas ações do SUS.
Estiveram presentes à reunião representantes das federações da Agricultura (Farsul), Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS) e do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa).
Vantagens
Se o Rio Grande do Sul for declarado como zona livre de aftosa sem vacinação, poderá atingir mercados mais exigentes, que atualmente não reconhecem e não compram proteína de animais de zonas com vacinação e que, consequentemente, remuneram melhor. São países como Chile, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Filipinas e Japão.
Além disso, desde que Santa Catarina e Paraná conquistaram o status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação, o Rio Grande do Sul não pode mais vender para estes Estados. Só o Paraná representa 70% dos bovinos comercializados do território gaúcho para outros Estados.
*Com informações da Secom
Postado por Marcia Bauer/ Rádio Nativa FM