O delegado de Planalto, Ercílio Carletti que é responsável pela investigação da morte do menino Rafael Mateus Winques, 11 anos, concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira, 26 de maio.
Carletti destacou como ocorreu a investigação que inicialmente era tratada como desaparecimento. Segundo informações repassadas pelo delegado, em determinado momento da apuração dos fatos, a Polícia Civil começou a seguir outra linha de investigação, já em busca de um cadáver.
O corpo do menino foi localizado na segunda-feira, 25 de maio, na garagem de uma residência, a cerca de cinco metros da casa onde o garoto vivia com a mãe e o irmão de 16 anos. O local onde o corpo estava foi apontado pela mãe do menino, que confessou o crime.
Carletti disse ainda que os depoimentos da mãe, Alexandra Batista Dougokenski, chamaram a atenção, pois demonstravam frieza e “ela não tinha preocupação com o menino, mas com ela mesma”. No final, a investigação apontava para uma participação da mãe.
O delegado reafirmou que a mãe havia dito à Polícia Civil que medicou o menino com remédio para dormir e após encontrou a criança já sem vida. “Em ato contínuo, a mãe teria levado o corpo para a residência próxima”. Carletti frisou que dois comprimidos de Diazepam (a mãe afirmou que teria administrado ao menino dois comprimidos deste medicamento) não seriam suficientes para causar a morte do menino.
A Polícia Civil não divulgou a motivação do crime e informou que essa questão ainda é investigada.
PERÍCIA
A análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP) apontou que Rafael Mateus foi morto por estrangulamento, o que desmente o depoimento da mãe que teria matado o menino com a administração de medicamentos.
Carletti afirmou que a Polícia Civil aguarda ainda um laudo mais detalhado do IGP para saber se o corpo estava no local onde foi encontrado desde o desaparecimento. O delegado destacou que os peritos informaram que o corpo estava bem conservado devido ao clima e a temperatura e o fato de estar dentro de uma caixa de papelão teria conservado o corpo como uma “geladeira rudimentar”.
Conforme o delegado não havia sinais de outro tipo de violência no corpo do menino, com exceção do estrangulamento.
OS PRÓXIMOS PASSOS DA INVESTIGAÇÃO E O QUE DEVE OCORRER COM A MÃE DO MENINO
Alexandra Batista Dougokenski está presa temporariamente por 30 dias. Carletti disse que tem esse prazo para concluir o inquérito, mas esse período de prisão pode ser prorrogado por mais 30 dias. Após esse período, a prisão pode ser transformada em preventiva por mais dez dias, aumentando o período para conclusão do inquérito para 70 dias.
Carletti disse ainda que a mãe deve ser indiciada por homicídio qualificado. Mas, a Polícia Civil não informou a qualificação. O indiciamento deve incluir também ocultação de cadáver.
Mateus Rafael Winques foi sepultado pouco depois das 16 horas desta terça-feira, 26 de maio.
Foto: Daniela Vargas
Fonte: Daniela Nhoatto - Grupo Chiru
Postado por Marcia Bauer/ Rádio Nativa FM