A delegada de Polícia Civil Aline Dequi Palma instaurou inquérito policial para apurar as circunstâncias de um incidente ocorrido em Ametista do Sul nesta quarta-feira, 21 de março, em que o ex-vereador Adilson Pavelkievitz, 43 anos, foi baleado por um policial militar.
Conforme a autoridade policial, no fim da manhã, a Brigada Militar (BM) foi acionada para atender uma ocorrência na agência da Sicredi, onde um homem exaltado ameaçava dois gerentes. Todos foram levados para registrar o caso na Delegacia de Polícia Civil, que no município é localizada no mesmo prédio da BM. Enquanto os funcionários do banco ficaram na sede da BM aguardando para serem ouvidos e o ex-vereador na DP, Pavelkievitz ficou sabendo sobre a proximidade dos dois e voltou a se exaltar dizendo que iria matá-los. Relatos dão conta de que ele estaria armado com uma pistola. Em seguida, Adilson foi para casa, tempo em que os profissionais dos dois órgãos fecharam o prédio para a segurança das pessoas que se encontravam dentro do imóvel.
Pouco depois, retornou com uma faca e arrombou a porta principal que dá acesso à delegacia e à Brigada Militar. Como os agentes e PMs estavam trancados e não conseguiriam controlá-lo, tiveram que pedir apoio de uma guarnição vinda de Planalto. Ao chegarem, os policiais do reforço ordenaram que se afastasse e fizeram dois disparos antimotim, que não surtiram efeito contra o acusado. Ele levou adiante as ameaças contra o PM que estava do lado de dentro, o qual atirou com uma pistola .40 e o disparo o atingiu no tórax. Pavelkievitz foi algemado e socorrido para o hospital da cidade, de onde teve de ser transferido para Passo Fundo.
A Polícia Civil apreendeu a faca do ex-vereador e uma pistola .380, entregue posteriormente por sua mulher. Já a arma do PM foi apreendida pela própria BM, que irá instaurar sindicância.
O subcomandante do 37º BPM, capitão Douglas Knorst, explicou que a Brigada Militar irá apurar a motivação dos disparos, os dois não letais e o de arma de fogo.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Sicredi Alto Uruguai, que respondeu que a cooperativa não irá se manifestar sobre o assunto no momento, mas que está apurando os fatos e lamenta o ocorrido.
Fonte: Folha do Noroeste, com colaboração de Josias Marques/Infoco RS
Postado por Rádio Nativa FM/ MFB