Por meio de vídeo distribuído pelo próprio ministro da Agricultura, Blairo Maggi, via WhatsAPP, foi anunciado o fim do embargo russo ao mercado brasileiro de carnes suínas e bovinas. Ele está viajando em missão comercial à China e aos Emirados Árabes.
A restrição estava em vigor desde dezembro do ano passado. A justificativa teria sido a detecção de substâncias como ractopamina – permitida no Brasil, mas proibida na Rússia – e outros estimulantes para o crescimento da massa muscular dos animais na carne exportada.
Até o a passado a Rússia era o principal destino do produto, quando respondia por 40% dos embarques e 50% do faturamento.
– Em relação à abertura do mercado russo ao mercado de carnes do Brasil, era uma notícia muito aguardada. Desde o final do ano passado, não exportávamos nenhum quilo de carne suína para a Rússia. O mercado russo representa 38% das exportações brasileiras de carne suína, e a restrição criou uma grande instabilidade interna, o preço do suíno baixou e a rentabilidade do produtor foi embora –, destacou o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador.
Ainda segundo Folador, o volume de exportações entre janeiro e outubro de 2018 teve uma redução de 14% em relação ao período de 2017. “Esse volume ficou no mercado interno, pressionando o preço, além da sobra de produto, o que desestabilizou o mercado. Ainda, os preços médios de exportação ficaram muito abaixo do que vinha sendo praticado. Por outro lado, isso possibilitou que se abrisse novos mercados e ampliação com países que já tínhamos negócios, como a China. Ou seja, se a Rússia voltar a importar o que costumava, a notícia representa a saída dessa crise econômica que o setor vem enfrentando”, finalizou.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Adelle Indústria de Alimentos LTDA, de Seberi, e foi informada que a direção ainda não se posicionou sobre o assunto.
Fonte: Folha do Noroeste
Postado por Rádio Nativa FM/ MFB