Notícia

06/02/2019

Mastite: cuidados para evitar perdas na bovinocultura de leite

A mastite ou mamite, como popularmente é chamada, é uma das principais doenças entre o gado leiteiro e que causa perdas importantes na produção. Trata-se de uma infecção da glândula mamária, que acomete o animal em estágio de lactação e também no período seco. Conforme explica a médica veterinária da Cotrifred, Ana Paula Ferigollo, o problema está muito relacionado ao manejo do rebanho.

- Conforme o micro-organismo causador, a mastite se divide em ambiental ou contagiosa. As contagiosas são transmitidas, principalmente, pelo manejo de ordenha, pela mão do ordenhador, pelo uso de toalhas não adequadas para secagem do úbere  ou, ainda, por uma ordenhadeira mal regulada. A ambiental é transmitida pelo ambiente, por essa vaca deitar em esterco, barro, entre outras possibilidades -, explica a profissional.

A mastite apresenta diferentes manifestações, como a aguda, que é quando a vaca apresenta a mama vermelha, com edema e dor. Pode afetar todo o úbere ou só um quarto mamário. Notam-se grumos e presença de secreção purulenta no quarto afetado. A subclínica é aquela mastite em que o úbere não apresenta edema nem grumos, esta será detectada somente por meio de testes, como por exemplo, o teste da raquete ou CMT.

- Outra forma de apresentação da mastite é a crônica, sendo responsável por até 70% dos casos e é a que mais traz problemas para o rebanho, pois o tecido secretor de leite é substituído por tecido fibroso, acarretando perda na produção de leite.

O que o produtor deve observar

A médica veterinária indica que o produtor deve, diariamente, fazer o teste da caneca de fundo preto em todas em vacas em lactação. “Desta forma, vai avaliar a consistência do úbere pela palpação, identificando edemas e através do teste da caneca visualizar a presença de grumos no leite. E, uma vez por semana, é recomendado fazer o teste da raquete em todos os animais, para identificar as vacas com mastite subclínica, podendo organizar a linha de ordenha, deixando as com problema por último, para tentar evitar que elas contaminem as outras”, detalha.

No caso de animais com mastite crônica ou com mastites recorrentes, o ideal é descartar a vaca.

Cuidados

Ana lembra que alguns cuidados são fundamentais para manter o rebanho saudável, sempre usar detergentes próprios para a lavagem do sistema de ordenha, com água quente, usar pré e pós-dipping, além de toalhas descartáveis para a secagem dos tetos.  Com o uso do pré-dipping, eliminamos a carga bacteriana que vem na pele dos tetos, prevenindo que passe para as outras vacas do rebanho. Após a ordenha, com o uso do pós-dipping prevenimos que se contamine, pois o esfíncter do teto se encontra aberto. “Quando a vaca deitar, pode ocorrer a entrada de micro-organismos pelo canal do teto, com o uso do pós-dipping, forma uma espécie de proteção, um gel que bloqueia a entrada desses patógenos. Lembrando que o produtor deve sempre banhar dois terços do teto com o pós-dipping”, orienta.

A doença ainda é um problema nos rebanhos. “Temos dados que, para cada mastite clínica, há mais oito subclínicas no rebanho. A mastite está muito relacionada também à imunidade e, por isso, devemos dar todo suporte nutricional para manter o animal saudável e suprir a produção de leite”, adverte.

Outros cuidados referem-se à hora da secagem. “É importante fazer o teste da raquete, para diagnosticar se a vaca não tem mastite subclínica, se ela tem, deve ser tratada. 

Colocar a bisnaga de vaca seca, que é uma bisnaga intramamária com antibiótico de longa duração, para prevenir novas infecções que ocorrem no período seco e fazer uso do selante, que vai vedar o canal do teto, evitando que essa vaca pingue leite nos momentos da secagem ou que penetrem micro-organismos que provoquem a mastite”.

Estudos apontam que uma vaca que perdeu um quarto mamário por mastite, os outros três quartos mamários compensam até 80% da produção desse animal, mas cabe ressaltar que, além da produção diminuída, se este quarto não for bem curado, se torna uma fonte de contaminação para as demais vacas do rebanho.

 

Fonte: Jornal Folha do Noroeste

Por: Maicon Silva | Rádio Nativa FM

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