As atividades remotas foram retomadas em 1º de junho. Inicialmente, foram feitas capacitações para professores e estudantes.
— Levamos meses entre o processo interno da contratação, assinatura e homologação. Agora, com a liberação do sinal, teremos um número maciço de alunos com acesso ampliado à internet, por computador ou celular — afirma.
O anúncio oficial será feito nesta quinta-feira, 27, quando a maior parte dos estudantes deve começar a usar. Até agora, no entanto, cerca de 15 mil já conseguiram acessar a internet de forma espontânea.
Uso do Google Classroom
Segundo Karam, aproximadamente 655 mil alunos fizeram a inscrição no Google Classroom, plataforma usada para as atividades online. A rede estadual conta, no total, com cerca de 800 mil.
Com a liberação do sinal de internet, o Estado espera chegar a cerca de 700 mil estudantes cadastrados na plataforma:
— Os que estão fora até agora é porque não logaram, não acessaram ou não se interessaram. São 145 mil, mas boa parte recebe atividades pedagógicas de outra forma, por meio de livros, folhas e cadernos, ou até por outros meios como WhatsApp ou YouTube. Achamos que, com o sinal de internet, parte deles irá conseguir acessar a nossa plataforma — explica.
Chegando a 700 mil, ainda restariam cerca de 100 mil alunos longe do ambiente online. São esses que o governo passará a buscar a partir de então:
— Até agora, entre 50 mil e 60 mil alunos não desenvolveram nenhum tipo de atividade. Acreditamos que parte deve ter abandonado a escola. Para os demais, há casos em que eles nunca poderão acessar as plataformas online, mesmo com a liberação do sinal. Para esses, seguiremos com as atividades em folhas, livros e cadernos. Estamos identificando quem vai precisar de readaptação no retorno às aulas presenciais.
Empréstimo de equipamentos
A Secretaria Estadual de Educação está consertando netbooks para distribuição a estudantes e professores. Por meio do Departamento de Tecnologia da Informação, mais de 5 mil equipamentos já foram recuperados e entregues.
Os netbooks são cedidos de forma temporária e terão que ser devolvidos depois. Os professores e alunos também são orientados sobre procedimentos técnicos que devem ser adotados.
Em setembro, o governo deve ter acesso a um aplicativo do Google para o monitoramento da plataforma usada pelos professores. O objetivo é controlar o uso em tempo real, entendendo quais escolas utilizam mais e quais atividades são aplicadas.
Fonte: GaúchaZH