O corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, que estava desaparecido da cidade de Três Passos e encontrado em FW na noite desta segunda, dia 14, foi resgatado pela equipe do Corpo de Bombeiros. Policiais de Três Passos e de FW, juntamente com a Brigada Militar e os Bombeiros trabalharam na retirada do corpo, que estava enterrado próximo ao Rio do Mico, na Linha São Francisco. Conforme o soldado Adilson, além do difícil acesso o local era em mata fechada e distante de qualquer casa ou local de circulação de pessoas. O Bombeiro, que se diz acostumado com situações envolvendo resgates, socorros e até mesmo localização de pessoas nessas circunstâncias, mostrou-se chocado com o caso.

 

Conforme informações Edelvania Wirganovicz, supeita de participar do crime, trabalhava na 19° Coordenadoria de Saúde, com sede em FW. Ela tinha um contrato de cedência pelo município de Cristal do Sul, para trabalhar na Coordenadoria. De acordo com informações confirmadas pela 19°, o contrato teria terminado no início do mês de abril, no entanto ela seguia trabalhando para compensar algumas faltas. Ela atuava junto ao setor de Farmácia da 19 Coordenadoria.

De acordo com o juiz do Fórum de Três Passos, Fernando Vieira dos Santos, o menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, procurou o fórum da cidade há dois meses para fazer queixas com relação à vida que levava com o pai e a madrasta. A criança não queria mais residir com a madrasta e reclamou que o pai não estaria dando a atenção necessária. Segundo o juiz, Bernardo não relatou maus tratos, nem que estivesse sofrendo ameaças ou qualquer tipo de violência. De acordo com o magistrado, foi tentada a reinserção do Bernardo em sua família biológica, que depois da morte da mãe, seria apenas o pai. Santos relatou que foram tomadas todas as medidas “dentro dos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)” e que ao ouvir o relato, o caso foi encaminhado ao Ministério Público e tomadas as medidas corretas.

 

Jussara Uglione, 73 anos, avó materna de Bernardo Boldrini, revelou que tentou se aproximar do neto, após a morte Odilaine Uglione, mas foi impedida pelo pai do menino, Leandro Boldrini. “Fui impedida de vê-lo por quatro anos, me chamavam de velha doente", desabafou. Após a morte da única filha, em 2010, Jussara moradora de Santa Maria, entrou com uma ação na Justiça para ter o direito de visitar o único neto, Bernardo. Segundo ela, o pai do garoto não só negava o contato como a ofendia.

 

Com problemas de saúde e abalada pela perda da filha, ela acabou desistindo de levar o processo adiante e esperava que, com o tempo, a aproximação ocorresse naturalmente. Conforme seu advogado, Marlon Adriano Taborda, Leandro foi "desrespeitoso e agressivo".

 

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Fontes: Rádios comunitária FW, Alto Uruguai, Planeta e Luz e Alegria. Fotos:Anderson Piovesan (folha Noroeste) e facebook.

Divulgação Ráfio Nativa FM/PLF.